Sobre as dificuldades de lidar com os próprios desejos

Escrito por Diogo
Bercito, 'Vou sumir quando a vela se apagar' é um romance sobre amor,
identidade e autodescoberta
Yacub passa os dias na
companhia de Butrus no vilarejo da Síria onde vivem. Os dois são inseparáveis e
se deixam encostar casualmente enquanto colhem folhas de uva ou fumam no
gramado, mas uma agonia crescente toma conta de Yacub quando essa proximidade é
ameaçada. Butrus recebe um convite do tio para emigrar para o Brasil e
aproveitar as muitas oportunidades de um futuro próspero no país. A perspectiva
do distanciamento não é forte o suficiente para que os dois verbalizem seus
sentimentos, mas permite que finalmente se toquem. O ato consumado, no entanto,
é seguido de uma tragédia. Esse é o ponto de virada da narrativa, que passa
então a ter como cenário a vibrante São Paulo do início da década de 1930, uma
cidade em transformação, ponto de atração de pessoas de diferentes partes do
mundo. Em um ambiente marcado pela vontade de se estabelecer e pela infinidade
de possíveis futuros, o passado cisma em se fazer presente para o imigrante. Vou sumir quando a vela
se apagar (Intrínseca, 216 pp, R$ 54,90), é o romance
de estreia de Diogo Bercito. Uma trama atemporal, sobre as dificuldades de
lidar com os desejos e a capacidade de tomar para si o próprio destino.
Fonte: Sobre as dificuldades de lidar com os próprios desejos | PublishNews